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restrição de circulação

Restrição de circulação nas principais cidades dificulta entregas

A restrição de circulação de veículos pesados, nas principais cidades do país, dificulta muito as operações de logística, tanto para o transportador como para os comerciantes que precisam receber mercadorias para oferecer ao público.

Segundo o Portal NTC, da Associação Nacional de Transporte de Cargas e Logística, as restrições ocorrem em função da densidade populacional das grandes cidades, que afeta a mobilidade e gera congestionamentos imensos.

Os caminhões que circulam com o propósito de recolher e entregar mercadorias são agentes no processo de lentidão do trânsito, causando ainda problemas ambientais em função da poluição gerada pelo óleo diesel, principal combustível desses veículos.

Nesse post você vai entender como a restrição de circulação afeta o transporte e quais as possíveis soluções para esse problema.

Por que a restrição de circulação surgiu?

O número de veículos circulando nas cidades aumentou de forma expressiva nas últimas décadas.

Segundo uma pesquisa divulgada em maio de 2018 pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), subordinada à Prefeitura de São Paulo, na época haviam 7,4 veículos motorizados para cada 10 habitantes.

Só a capital paulista possuía nesta época 8,6 milhões de carros, motos, ônibus e caminhões. O grande fluxo de veículo circulando é a realidade de quase todas as capitais e grandes cidades do Brasil.

Esses números, desproporcionais à infraestrutura de transporte, são os responsáveis por congestionamentos e lentidão no trânsito.

Por isso, leis e normas foram criadas, com intuito de definir a restrição de circulação na maioria das grandes cidades.

Segundo a Confederação Nacional de Transportes aproximadamente 200 municípios adotavam em 2016 medidas em relação à circulação de mercadorias dentro de suas áreas.

A restrição como solução para o trânsito

Usando ainda a cidade de São Paulo como parâmetro, a Prefeitura adotou um sistema rotativo para o acesso de veículos em geral na região central, onde para cada dia da semana, somente placas com determinado número final podem circular.

O objetivo é restringir a circulação pelas movimentadas avenidas e ruas da cidade.

Outra medida que é adotada por praticamente muitas cidades do país, é a restrição em horário comercial na entrega ou coleta de mercadorias realizadas por qualquer veículo de carga nas regiões centrais.

Isso evita que caminhões, caminhonetas e outros veículos de cargas trafeguem por essas regiões, diminuindo ainda mais a velocidade e causando imensos congestionamentos em função das dificuldades que esses têm em manobrar e estacionar.

A restrição de circulação e as dificuldades na entrega

Se a restrição proporciona uma certa ordem no vai e vem de veículos das grandes cidades, por outro lado, trouxe dificuldades para o serviço de entrega de cargas.

A CNT publicou em abril de 2018 que as restrições de circulação provocaram aumento de até 20% nos custos dos fretes, diante das dificuldades enfrentadas para entregar a carga no seu destino final.

Tanto é que algumas transportadoras passaram a adotar a TDE, Taxa de Dificuldade de Entrega, e também a TRT, Taxa de Restrição ao Trânsito.

As principais dificuldades encontradas pelas transportadoras são:

Caminhões parados

Tomando a capital paulistana mais uma vez como exemplo, a descarga e carregamento de um caminhão só pode acontecer entre 21h e 5h nos dias úteis.

Por mais que se organize horário de saída e entrada de uma carga, o transporte rodoviário é muito vulnerável e nem sempre consegue-se chegar dentro dos horários planejados e permitidos, qualquer paralisação em uma rodovia pode acarretar atrasos.

Isso faz com que caminhões permaneçam parados na proximidade caso cheguem fora do horário permitido.

Além do tempo que ele vai ter que ficar esperando, pode comprometer a carga se for perecível.

A solução para o problema é bem difícil, mas o certo é sair com antecedência para chegar dentro do horário permitido, mesmo enfrentando paradas no trajeto.

Outro jeito é, antes de pegar a estrada, buscar informações de como funcionam as restrições de circulação na cidade destino.

Falta de divulgação e padronização sobre a restrição

Uma das grandes dificuldades enfrentada pelos caminhoneiros é não saber como funciona a restrição de circulação dentro do município em que ele precisa fazer a entrega.

Muitos municípios adotam restrições diferentes entre seus bairros, ou seja, as regras mudam de um local para outro mesmo dentro da mesma cidade.

É normal também novos municípios adotarem medidas de restrição de mercadorias sem divulgação das normas. Quando isso acontece, simplesmente o caminhoneiro que não sabia, precisa ficar esperando pela liberação de entrada.

Uma solução é a união do setor de transportes rodoviários para exigir dos órgãos competentes ampla divulgação na adoção ou mudança na medida de restrição de circulação quando vier a ocorrer.

Enquanto isso não acontece, a orientação é que a transportadora e o caminhoneiro se encarreguem de pesquisar os procedimentos dentro de cada município.

Dificuldade no atendimento

Alguns segmentos como supermercados, shoppings e boa parte do comércio adotam seus esquemas próprios para carregar e descarregar.

Muitas vezes esse processo conflitua com as restrições de circulação impostas pelos dirigentes municipais, acarretando uma série de problemas para quem está recebendo e entregando a mercadoria.

Segurança

A segurança é outro problema enfrentado por parte dos caminhoneiros e para a carga em geral.

Muitos deles, quando precisam esperar os horários permitidos, não conseguem parar em locais adequados e seguros, colocando-os em risco e a carga também.

Nesse quesito roubos de cargas são bem comuns.

Existe solução para as dificuldades da restrição de mercadoria?

A CNT aponta algumas orientações que serviriam como soluções para transportadoras e caminhoneiros melhorarem seus processos de entrega nos locais com restrição de circulação.

São elas:

  • Planejamento urbano que inclua o transporte de carga durante horário comercial no município e em toda a região metropolitana;
  • Gestão democrática incluindo nas decisões de planejamento todos os setores envolvidos: comerciantes, transportadores, compradores, fornecedores, etc;
  • Divulgação ampla para conhecimentos de todos sobre restrições ao transporte de carga;
  • Oferecer locais para paradas que proporcionem segurança para o motorista e para a carga;
  • Ampliar as ofertas desses postos de paradas.

A realidade é que a maior parte das mercadorias comercializadas no país tem como destino cidades que adotam restrição de circulação e, por conta disso, as dificuldades de entregas precisam ser contornadas enquanto novas medidas não ajudam todo o setor.

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