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Quando usar o modal aéreo

Demanda pelo modal aéreo é cada vez maior

A questão do preço não é o único fator a ser considerado na hora de optar pelo modal de transporte. Alguns produtos e modalidades de entrega demandadas pelo cliente exigem mais rapidez e um manuseio mais preciso da carga, que por sua delicadeza e premência de tempo, necessita da abordagem do modal aéreo. O Brasil ainda possui uma estrutura relativamente deficitária e problemática em relação ao transporte aéreo de cargas, mas sejamos justos: a demanda não é tão grande e não há porque operar, por enquanto, com terminais de carga maiores e mais velozes. Ainda assim, com atrasos e alguma falta de estrutura, o transporte via aérea ainda é o mais confiável e rápido para realizar alguns tipos específicos de entrega.

O que transportar?

Oficialmente, o Brasil dispõe de cerca de 30 terminais aéreos de cargas, embora no caso de volumes menores e sem necessidade de estocagem ou desembaraço, sobretudo remessas locais, cerca de 150 aeroportos possuem potencial para o recebimento de entregas, desde que de volume restrito. De documentos a cargas refrigeradas, alguns volumes que não podem trafegar por rodovias, em razão da questão de tempo, podem atingir virtualmente qualquer cidade brasileira com 300 mil habitantes ou mais, o que faz do transporte aéreo a única alternativa em alguns tipos de carga, como as relacionadas abaixo:

  • Cargas genéricas de menor volume, que possuam necessidade de entrega rápida, inferior a 48 horas;
  • Cargas fracionadas de pequeno porte, que precisem ser entregues a clientes distintos em uma mesma localidade, em um prazo de tempo curto;
  • Cargas perecíveis e de alto valor, o que inclui alimentos e flores, por exemplo. Esse tipo de transporte é muito comum em eventos desses setores, para os quais os itens precisam estar posicionados e e entregues em perfeitas condições em questão de dias ou, por vezes, horas;
  • Cargas expressas de cunho variado, o que geralmente envolve documentos e contratos, mas também pode envolver medicamentos e outros produtos que tenham um deadline muito específico;
  • Cargas perigosas de menor porte e que precisem de cuidados especiais, sendo particularmente sensíveis a solavancos e choques;
  • Cargas restritas, com pesada fiscalização e restrições em postos aduaneiros podem ser enviadas por via aérea. Ainda que a alfândega seja lenta também em aeroportos, a fiscalização e desembaraço tendem a ser mais rápidos do que em portos ou entrepostos;
  • Cargas refrigeradas que exijam cuidados extremos em relação à manutenção de temperaturas;
  • Cargas vivas de pequeno e médio porte, também geralmente demandados para apresentação em feiras e exposições.

O custo do envio de cargas pelo modal aéreo, entretanto, ainda desencoraja muitos empresários. Em todo o mundo é um modal mais caro, por sua eficiência e rapidez, mas realmente no Brasil a discrepância tende a ser ainda maior. Contudo, em algumas das situações supracitadas, o envio alternativo por terra ou mar pode levar a perdas e inconvenientes que, em geral, saem ainda mais caros do que o envio por avião.

Volume ainda baixo

O Brasil deve fechar o ano de 2014 com um volume total de movimentação de cargas em aeroportos da ordem de 1,5 milhão de toneladas. Ainda é muito pouco, considerando que alguns dos maiores aeroportos da Europa, como Heathrow, e dos EUA, como o JFK, movimentam sozinhos esse mesmo volume. Contudo, os programas de investimento da Infraero, ainda que mais focados em passageiros, prometem aparelhar melhor alguns aeroportos regionais para o recebimento de cargas – com fretes mais caros no envio, mesmo que rodoviário, para essas regiões, os terminais aéreos passarão a ser uma alternativa viável no transporte de produtos de lojas virtuais e grandes redes, por exemplo.

As rotas mais movimentadas no Brasil, não por acaso, são exatamente a ida de Guarulhos a Manaus e a volta da mesma rota. No total, esse trajeto movimenta quase 80 mil toneladas de cargas por ano. Entretanto, a maioria dos aeroportos brasileiros opera um volume de cargas entre mil e cinco mil toneladas anuais de mercadorias, sendo que boa parte desse total é transportado pelos próprios Correios.

 

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