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Indefinição em taxas freia venda de caminhões

Já é um fato consumado – com os números de 2013 fechados até novembro, as vendas de caminhões no mercado brasileiro cresceram pelo menos 10% em relação a 2012, segundo os dados da Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Foram 141 mil caminhões vendidos até novembro deste ano – mesmo com a significativa queda no volume de vendas no mês passado. Apesar da alta durante o ano, as compras recuaram no final deste ano por conta da indefinição, por parte do BNDES, a respeito das normas para o financiamento pelo PSI/Finame para veículos de carga em 2014 (incluindo programa como o Procaminhoneiro).

A venda de caminhões em novembro recuou 13,4% frente a outubro, para 11,7 mil unidades.

O mercado torce e aguarda pela circular do BNDES para formular propostas e reiniciar atividade. As expectativas, no entanto, são de que os juros para o financiamento pelo programa subam a partir do ano que vem, de 4% para 6% ao ano, conforme dito pelo ministro Guido Mantega, mais no começo de dezembro. Algumas mudanças também são aguardadas, principalmente no volume total do financiamento. Exceto pelo programa Procaminhoneiro, no qual trabalhadores do segmento poderão continuar a financiar 100% do veículo, as regras deverão mudar para pequenas empresas, que poderão provavelmente a partir de 2014 financiar até 90% do valor do carro – e não mais 100%. Para grandes empresas, esse percentual também deve cair, para 80%. Alguns bancos e financiadoras ligados ao segmento deverão financiar esse percentual reduzido pelo BNDES para compensar empresas na aquisição de novos veículos.

Para as concessionárias, o aumento da taxa de juros anual, ao contrário do que pareceria a muitos na opinião pública, não é algo negativo. Muitas das propostas de financiamento apresentadas por revendas de caminhões a bancos e financeiras, este ano, acabaram não sendo aceitas, devido à baixa remuneração em termos de juros em relação aos riscos. Com o aumento, concessionárias podem fechar mais vendas, com taxas mais atraentes para bancos e, para caminhoneiros e empresas de carga, ainda muito abaixo de outras alternativas de aquisição de bens.

Outra reclamação de frotistas e caminhoneiros tem sido a demora na aprovação dos financiamentos por parte dos agentes. Algumas operações chegam a demorar 90 dias, o que muitas vezes acaba causando a desistência da compra. Espera-se que a nova circular do BNDES – aguardada já para os primeiros dias de janeiro – possa indicar regras para a aprovação e critérios de agentes financeiros, para agilizar o processo.

 

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