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Crossdocking – estocagem nem pensar

Muito se discute no segmento logístico, não apenas na área de transporte e armazenagem de carga rodoviária, mas de um geral, os custos cada vez mais altos de estocagem. Já lemos aqui no blog da CargoBR um pouco sobre o famigerado “just-in-time“, milk-run e um par de outras coisas. Hoje falaremos um pouco sobre a prática do “crossdocking“.

Como a própria palavra, de origem inglesa, acaba por sugerir, trata-se de uma prática adotada para que mercadorias recebidas possam ser redirecionadas ao cliente ou destino sem necessidade de armazenamento (ou pelo menos com menor necessidade de estocagem). Do inglês cross, literalmente “cruzar“, e docks, relativo a “docas” ou “ponto de desembarque“, a expressão sugere que a carga literalmente atravesse a área de distribuição, partindo dali para o cliente.

Entretanto, a prática não significa menos trabalho para o operador logístico – cargas têm de ser separadas, conferidas, classificadas e encaminhadas para outros veículos e modais em um tempo consideravelmente menor do que no caso de armazéns de estocagem. Nos dias de hoje, tendo em vista até mesmo as restrições cada vez maiores de trânsito para veículos de maior porte em cidades grandes, tal prática é comum em metrópoles, para transferência de cargas de caminhões maiores para veículos de transporte urbano de menor porte e permitidos em horários comerciais.

As vantagens

O crossdocking não é a resposta para todas as operações logísticas, mas naquelas rotinas em que se aplica, costuma trazer diversas vantagens:

  • Como é de se esperar, a prática reduz o tempo de entrega, não apenas para o cliente, mas também para transportadores envolvidos e fornecedores;
  • Economia em termos de custos de estocagem e também no uso de capacidade dos veículos, que operam em “full truck load” (FTL), ou com o caminhão completamente carregado;
  • Menores de pátios de distribuição e áreas de estocagem acabam sendo uma consequência da operação em crossdocking a longo prazo, reduzindo custos com aluguel ou aquisição de terrenos;
  • Prevenção a problemas de oferta. Reduzindo o tempo de entrega e ampliando a disponibilidade do produto ao cliente, evita-se casos de escassez ou falta desses itens;
  • Aumento da rotatividade e fluxo de mercadorias nos centros de distribuição;

Mas como nem tudo é um mar de rosas, o crossdocking também tem seu lado negativo e pode trazer desvantagens e complicações a cadeias de fornecimento que optem por seu emprego. Para manter o fluxo constante e sem problemas, é necessário que todos os envolvidos cumpram prazos e compromissos – ou seja, se atrasos eram pouco toleráveis, tornam-se praticamente imperdoáveis sob a nova prática. A implementação de fluxos assim também exige, ainda, pesados investimentos em tecnologia e identificação de mercadorias, além de pessoal treinado e com melhor formação.

 

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