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Roubo de cargas: prejuízos de R$ 1 bilhão

Os prejuízos com o roubo de cargas no Brasil já superam R$ 1 bilhão, de acordo com estimativas e levantamentos de entidades do setor. No último balanço fechado pela NTC Logística, para 2011, prejuízos chegaram a R$ 920 milhões em mais de 13 mil ocorrências no país. Desse total, mais de 50% no estado de São Paulo e praticamente 85% apenas na Região Sudeste. O roubo e receptação de cargas é um tema que preocupa e até mesmo é parte da contabilidade do segmento, afetando negócios de empresas de transporte, mas também de setores inteiros dependentes da logística e fretes, como é o caso do varejo on-line.

A despeito de operações das polícias estaduais e mesmo da Polícia Federal, ocorrências seguem crescendo. No levantamento do Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região (Setcesp), o número de ocorrências de roubo de cargas no primeiro semestre de 2013 tornou a subir. A média mensal de ocorrências no estado atingiu 623,8, contra uma média de 611,8 durante o ano passado (aumento de 2%).

No estado, segundo levantamento realizado pela FecomercioSP este ano com as principais empresas de transportes de carga de São Paulo, 92% dos roubos e furtos acontecem em vias urbanas na capital e Grande São Paulo. As entregas do segmento de e-commerce, aponta ainda a entidade, são os maiores alvos de grupos criminosos. O governo estadual simplificou este ano o processo de lavração de boletins de ocorrência, dispensando a obrigatoriedade de apresentação de notas fiscais da carga. Com a mudança, a denúncia pode ser efetivada mesmo em casos de extravio de notas junto com a carga roubada e posterior envio de segundas vias.

Tolerância

Especialistas em segurança ainda veem a legislação e medidas de combate ao roubo de cargas como brandas. Legislação de 2011 considera a prática de ‘menor potencial ofensivo’ – assim, na prática, mesmo pegos em flagrante, receptadores podem arcar com fianças e responder processos em liberdade. Principalmente na periferia de centros urbanos, também, o roubo de veículos e cargas já é considerado um crime corriqueiro, não recebendo grande atenção da mídia ou força policial, mesmo porque grande parte dessas cargas encontram-se seguradas.

Esse é, sem dúvida, um dos maiores reflexos para a cadeia – a elevação nos preços pagos pelo seguro da carga. Entretanto, o custo com seguros e a ocorrência quase certa de roubos em algumas regiões têm restringido a entrega de cargas em vizinhanças inteiras. No segmento, mesmo a menção a entregas em alguns CEPs causa calafrios.

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