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Roubo de cargas – perigo maior em rodovias principais

Uma análise mais aprofundada dos dados sobre ocorrências e estatísticas sobre roubos de cargas no modal rodoviário (embora números sejam confusos, esparsos e, por vezes, controversos) aponta que, ao contrário do que possa parecer, a incidência de roubos e assaltos é consideravelmente maior em rodovias com grande movimentação e policiamento nos estados mais desenvolvidos do país. Em São Paulo, por exemplo, tanto dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP) quanto de órgãos como o Setcesp mostram que a BR-101 (Rodovia Presidente Dutra e também Régis Bittencourt) concentra quase um quarto das ocorrências, enquanto que o sistema Anhanguera-Bandeirantes responde por mais um quarto dos roubos no estado.

No Rio de Janeiro, alguns dados do Sindicato dos Transportadores de Carga do Rio de Janeiro (Sindicarga) tornam a repetir a BR-116 (ainda no trecho da Dutra) como um dos principais focos de crimes, especialmente no segmento conhecido como Serra das Araras. Também é grande o número de ocorrências no trecho metropolitano da BR-101 (Avenida Brasil) e na rodovia Rio-Teresópolis (BR-040). Nos estados da Região Sul, segue a alta de ocorrências na BR-116, em particular no entorno da região metropolitana de Curitiba e próximo a Porto Alegre. Outra rodovia apontada como de alta periculosidade por entidades gaúchas é a BR-386 (Tabaí-Canoas).

Em estados menos populosos, nos quais o transporte de cargas é menos intenso, porém cobre maiores distâncias, o problema parece ser a falta de policiamento – roubos tendem a ser mais esparsos, porém casos envolvendo homicídios e violência tendem a ser mais comuns, considerando-se o local geralmente ermo das principais ocorrências. Em estados como Tocantins, Pará e Rondônia, embora lideranças da polícia rodoviária garantam possuir contingente e viaturas suficientes, o mau estado desses equipamentos e a insuficiência de efetivo são reclamações constantes tanto de profissionais quanto de entidades do setor logísticos e ligadas a motoristas.

Círculo vicioso

Embora as estatísticas de roubo de produtos eletrônicos e também de produtos têxteis se mostrem crescentes – até em razão do maior tráfego desses itens, com entregas de lojas online a consumidores em todo o Brasil – cigarros seguem os campeões de roubo. Por se tratar de um item de rápida disseminação e fácil distribuição e receptação, cigarros seguem os favoritos de receptadores em todo o país, em especial em regiões fronteiriças, onde além do roubo é muito comum a atividade de contrabando de fumo.

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