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Logística brasileira – ainda pior no ranking mundial

Logística brasileira – queda no ranking do Banco Mundial

O Banco Mundial soltou, esta semana, a versão 2014 de seu relatório mundial sobre logística de cargas. A maior novidade para brasileiros é a piora drástica do país no ranking da entidade: o país despencou da 45a. para a 65a. posição no ranking de países com as melhores estruturas logísticas do mundo, sendo agora ultrapassado por países como El Salvador, Índia, Indonésia e mesmo nossos vizinhos argentinos. A Alemanha segue como líder absoluta mundial em logística, seguida imediatamente por Holanda e Bélgica.

Os brasileiros mais fanáticos farão pouco do relatório do Banco Mundial – assumindo, como é tradicional, a postura de conspiração internacional contra o “sucesso” do país. Não se trata disso –  o relatório do banco é extremamente técnico, e tem seis diferentes fatores analisados na estrutura de cada país, para formulação do ranking.

O primeiro dos itens analisados é a eficiência das alfândegas e dos processos de desembaraço aduaneiro em fronteiras. Bem sabemos que, nesse quesito, o Brasil perde bem feio. Algumas cargas levam semanas ou até meses até conseguirem liberação em portos, ou mesmo aeroportos e fronteiras terrestres e em alguns casos, sequer podem ser armazenados de maneira correta, o que leva a perdas maiores. No segundo item analisado, a infraestrutura de transportes para o setor de cargas, o Brasil também apresenta muitos problemas. Como o índice do Banco Mundial lida, sobretudo, com o comércio exterior como base comparativa, a deficitária logística portuária brasileira ainda aparece como fator negativo em quaisquer análises do segmento.

Melhorias

Outros quatro fatores ainda são analisados:

  • Qualidade dos serviços de logística;
  • Competitividade dos preços dos fretes;
  • Facilidade de rastreamento e localização de cargas;
  • Pontualidade e regularidade das entregas e operações.

É fato que nesses quatro itens o país está avançando, até rapidamente em alguns dos casos. Contudo, esses quatro fatores dependem sobretudo da iniciativa privada e da concorrência e disputa de mercado entre empresas do segmento de cargas. É correto afirmar que, considerando que as condições brasileiras na verdade melhoraram em termos de qualidade, pontualidade e facilidades para o setor logístico, o lado governamental da equação: infraestrutura e burocracia, afundaram o índice de competitividade do Brasil junto ao relatório do Banco Mundial.

E, de fato, a pior colocação do Brasil no estudo do banco acabou ficando com a área alfandegária e de desembaraço – considerando apenas esse fator do índice, o país despencaria ainda mais, chegando à 94a. posição. Para esse item, são analisados os tempos e processos de liberação e verificação de cargas em portos, aeroportos e mesmo estradas e ferrovias, o nível de burocracia nos mesmos, a eficiência e preparo técnico dos profissionais aduaneiros e, é claro, o nível de corrupção e irregularidades.

 

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