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Importação – crescimento e constante desafio

A necessidade de importação de bens é cada vez maior dado o avanço tecnológico. Porém, o desembaraço de produtos e processos de internalização não mudaram.

“Importar não é fácil no Brasil” – talvez essa seja uma das frases mais ouvidas junto a empresários, sobretudo empresas que realizam a importação de máquinas, equipamentos, componentes ou até mesmo produtos que sequer são fabricados no país. O avanço e popularização de diversas tecnologias no Brasil, em consonância com o processo de desindustrialização e crescimento de atividades de comércio e serviços, gerou uma necessidade maior de bens importados em nosso mercado. Contudo, liberações, desembaraço de produtos e processos de internalização não mudaram.

O Brasil tem registrado, nos últimos tempos, seguidas marcas de déficit na balança comercial, ou seja, o valor da importação supera o da exportação. A notícia não é necessariamente ruim: implica que estamos nos aproximando de alguns países do mundo desenvolvido em termos de hábito de consumo e modelo de economia. Contudo, não apenas a tributação pesada, mas também a morosidade dos processos de chegada, transbordo, desembaraço e liberação de mercadorias em portos, aeroportos ou mesmo em entrepostos ainda causa muita dor-de-cabeça para quer importa, e processos complicadíssimos para empresas do ramo logístico.

A questão dos prazos é sempre algo preocupante em operações de importação – muitas indústrias necessitam de insumos importados, que teoricamente deveriam ser entregues em alinhamento com a produção, mas tempos de liberação alongados e um trânsito interno complicado podem parar linhas inteiras em plantas industriais, em razão da ausência de matérias-primas. O estoque excessivo é uma das saídas para esse problema, mas também gera custos excedentes e pode afetar boas oportunidades de aquisição desses produtos.

Clientes fazem o que podem – a escolha de bons transportadores, tradings, freight forwarders e empresas de despacho aduaneiro sempre ajuda. Mas enquanto o Siscomex (Sistema de Comércio Exterior) – sistema usado pelo governo brasileiro para controlar o comércio exterior, registrando atividades, acompanhando e controlando operações –  não emite o comprovante de importação, nada pode ser feito com esse produto ou item em solo brasileiro… e muitas vezes, tais produtos são sazonais ou perecíveis.

Dicas de importação

Tradings e empresas de logística muitas vezes possuem especializações em determinados produtos ou segmentos – às vezes vale a pena variar fornecedores, até achar um que se enquadre no perfil de seu negócio. Preço não pode ser o único fator analisado num processo de importação: um frete mais caro às vezes traz menos dor-de-cabeça e, consequentemente, menos perdas e prejuízos à sua produção.

Especialmente no caso de máquinas e equipamentos, vale a pena buscar especialistas na área, consultoria de associações do segmento e pesquisar exceções e regimes especiais. A enorme variedade de equipamentos industriais existentes, mas ao mesmo tempo a similaridade entre alguns deles, pode levar a descrições errôneas na hora de importar, o que causará problemas na etapa de desembaraço. Também devemos nos atentar ao fato de que a importação de máquinas e equipamentos usados só é permitida quando esses bens não são produzidos no país e nem podem ser substituídos por outros atualmente feitos no Brasil.

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