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Como o dólar afeta o mercado de cargas fracionadas?

Como o dólar afeta o mercado de cargas fracionadas?

O dólar mostrou, apenas este ano, um substancial aumento em sua cotação, e permaneceu ali, na casa dos R$ 3,00 a R$ 3,20. Para o segmento de transportes na área de commodities, o impacto é imediato. Produtos agrícolas de exportação, como soja, milho, café e outros possuem não apenas cotações em dólar no mercado internacional, mas também padrões e patamares de preço para seus fretes, marítimos ou terrestres, e tais preços tendem  a ser seguidos pelas empresas de logística que realizam o transporte desses grãos até os portos, seja em vagões ou carretas. O mesmo ocorre com produtos minerais e materiais de base, como aço, alumínio e resinas plásticas. Mas e quanto ao segmento de cargas fracionadas, sofre algo com a alta do dólar?

Em primeiro lugar, muitas transportadoras, mesmo não praticando preços em dólares, possuem alguns custos atrelados à moeda estrangeira. Isso pode incluir peças e equipamentos estrangeiros, despesas com aluguel de máquinas, serviços e qualquer outro tipo de insumo que tenha ajuste de acordo com o dólar. Porém, esse está longe de ser o maior efeito nos preços ao embarcador – são dois os tipos de fatores que influenciam de maneira mais drástica os preços do frete para cargas compartilhadas: a demanda e outros preços e índices de referência, bem como seu efeito nos empresários do segmento de cargas.

O inflacionamento dos transportes no segmento de exportação e também dos fretes em commodities agrícolas e minerais indiretamente levam transportadoras locais a reajustar seus preços. Mais do que apenas um gatilho “emocional”, a alta tende a se espalhar, inclusive em cargas fracionadas, por conta da menor disponibilidade de caminhões e motoristas, principalmente entre agregados e condutores independentes. Transportadoras que tentam enxugar custos, por outro lado, acabam perdendo competitividade e se veem, cedo ou tarde, forçadas a acompanhar as tendências de mercado.

Para quem lida com cargas e remessas ao exterior ou importações, os reajustes já ocorreram – mas resta saber até que ponto o dólar se estabilizou ou não.

Embalagens

Muitas das embalagens irão ficar mais caras, se já não ficaram. Desde o papelão ondulado e acartonados até embalagens plásticas e mesmo de madeira, a maioria é produzida a partir de insumos cujas cotações seguem padrões em dólar. Ainda que o aumento demore um pouco a chegar, todas as embalagens devem sofrer ao longo do ano reajustes em linha com a alta do dólar. As cargas fracionadas não têm como escapar muito desses reajustes, uma vez que muitas embalagens são padronizadas, a depender do produto.

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