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Arco Norte – esperança para barateamento do frete

Portos do Arco Norte podem ajudar a baratear o frete

Os preços dos fretes seguem, como sempre, em alta. Grande parte dos aumentos nos custos de transportadoras e operadores estão ligados tanto à escassez de mão-de-obra, em especial caminhoneiros, quanto à falta de mais corredores de escoamento para alguns produtos que demandam logística intensiva, em especial graneis agrícolas – entre eles a soja sendo o mais relevante. Entretanto, com a entrada em operação de expansões, melhorias e novas instalações nos portos e terminais ditos do “Arco Norte”, algumas lideranças do segmento estimam que custos dos fretes, ao menos no interior do país, poderiam recuar até 30% em cerca de dois anos.

Os portos do Arco Norte incluem terminais que vão desde Itacotiara, no estado do Amazonas, até o porto de Salvador, no estado da Bahia. Outros terminais incluem Santana, Barcarena, Outeiro, Miritituba e Tegram. Nessa região, ao menos uma dúzia de terminais já operam algum volume de soja, mas a expectativa é que o escoamento para as safras de 2015 e 2016 aumente em até 10 milhões de toneladas anuais (hoje esses portos movimentam cerca de 16 milhões de toneladas, apenas em soja).

Esperança na tríade

Para elevar o escoamento pelo Norte e aliviar a pressão logística que abate os agricultores e grandes produtores da Região Centro-Oeste particularmente, os governos federal e estaduais se apoiam na conclusão de três grandes obras: a expansão e melhoria da BR-163, por meio das concessões, o terminal fluvial em Mirituba, no estado do Pará, e a conclusão e operação da Ferrovia Norte-Sul. Embora evidentemente as obras estejam atrasadas, as conclusões não devem distar muito do previsto. Tudo indica que, nos três casos, teremos obras que já serão inauguradas com um bom volume de demanda represada.

O próprio Ministério da Agricultura confirma as previsões e estimativas de redução de 30% nos preços médios dos fretes praticados na região,  considerando ao menos as próximas duas safras de grãos. O próprio secretário de Política Agrícola, Seneri Paludo, confirmou as estimativas e aproveitou, em alguns eventos, para anunciar que o Plano Safra disponibilizará R$ 156 bilhões para o financiamento da produção entre 2015 e 2016. O aumento do crédito se deveu, disse ele, principalmente ao aumento de 10% a 15% nos custos de produção. A área plantada também deverá subir para 58 milhões de hectares, o que gera uma estimativa de produção de grãos da ordem de 200 milhões de toneladas – o que é muito, mesmo considerando as novas alternativas logísticas.

Respiro para o Sudeste

De qualquer modo, o aumento do escoamento pelo Norte pode desafogar um pouco os corredores de exportação de grãos por meio dos portos de Santos e Paranaguá. Isso não irá fazer com que as imensas filas de caminhões nas estradas desapareçam, porém deve reduzir sua incidência fora dos meses de pico da safra.

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